Presidentes mantiveram críticas ao trabalho de Koff à frente da entidade
Dinamite, Assumpção, Patrícia e Siemsen durante a coletiva em que mantiveram críticas ao trabalho do Clube dos 13
Os presidentes dos quatro grandes clubes cariocas, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, anunciaram nesta quinta-feira (24) que não vão deixar o Clube dos 13, mas mantiveram o questionamento à entidade pelo formato de negociação dos direitos de TV para as próximas edições do Campeonato Brasileiro.
Na quarta-feira (23), os quatro clubes haviam anunciado o interesse de negociar de forma independente seus direitos de transmissão, mas, agora, descartaram seguir os passos do Corinthians, que se desfiliou do Clube dos 13, grupo fundado em 1987 que representa de 20 clubes nas negociações com as emissoras.
A postura de independência na negociação foi mantida, mas a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, afirmou que é preciso "retomar a essência" da entidade que reúne os principais clubes do país.
- Não há interesse em romper com o Clube dos 13, mas em retomar a essência. O Rio está na vanguarda, consegue perceber que o coletivo precisa prevalecer. A essência deve ser mantida, mas o processo deve evoluir.
O presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, também deixou claro seu descontentamento com a atuação da entidade e de seu presidente, Fábio Koff.
- Não temos qualquer problema com o Fábio Koff e o respeitamos muito. Ainda fazemos parte do Clube dos 13. Então ele é o presidente da associação da qual fazemos parte, ainda, mas o Clube dos 13 não nos representa mais nessa negociação.
Mais incisivo, o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, admitiu a possiblidade de deixar o grupo no futuro.
- No momento, estamos extremamente pragmáticos com a negociação dos direitos de transmissão para 2012. Não queremos deixar o Clube dos 13, mas, caso não mude, isso pode acontecer nos próximos anos. É um grito de independência em relação à situação atual.
O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, também participou do encontro, mas foi o botafoguense Assumpção quem falou mais. Ele disse que vai questionar Koff e os demais dirigentes do Clube dos 13 sobre as negociações de direitos que estão em andamento.
- Não estamos concordando com o modelo de negociação. É uma questão que vai mudar a nossa vida nos próximos três ou quatro anos. Temos uma oportunidade única de os clubes resolverem muitos dos seus problemas, de trazer parceiros comerciais que nem vislumbravam participar do futebol. Agora, com quem nós vamos fechar, o que faremos, é um próximo passo.
O Clube dos 13 anuncia no próximo dia 11 quem transmitirá o Campeonato Brasileiro de 2012 a 2014. A proposta mínimo é de R$ 500 milhões por ano, apenas para os direitos de TV aberta, e vence quem oferecer o valor mais alto. Como parceira nos úlitmos 10 anos, a TV Globo ganhou um acréscimo de 10% em sua proposta, ou seja, ficará com os direitos se oferecer um valor igual ao de uma concorrente
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Kalil revela que 'rebeldes' têm dívida de mais de R$ 80 milhões com Clube dos 13
Segundo o presidente do Atlético-MG, Corinthians e os quatro grandes do Rio de Janeiro ainda têm empréstimos nos quais a entidade é avalista
Do lado fiel, o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, acusou que os 'rebeldes' Corinthians, Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco têm dívidas de mais de R$ 80 milhões com o Clube dos 13, seja em empréstimos diretos, seja em situações na qual a entidade é avalista dos mesmos.
Líder da debandada, o clube paulista, sozinho, deve cerca de R$ 22 milhões, enquanto que os quatro grandes do Rio de Janeiro, juntos, somam um débito de cerca de R$ 60 milhões. As pendêcias financeiras seriam impeditivos para a saída dos mesmos do Clube dos 13.
O Corinthians foi o único, até o momento, a pedir desfiliação oficialmente, enquanto que o quarteto carioca apenas informou, em nota conjuta, que não negociará os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro no triênio 2012-2014 sob o guarda-chuva da entidade, como sempre foi feito.
Segundo o diário "Lance!", uma saída para o imbróglio seria um aporte financeiro a estas agremiações vindo da TV Globo, que na licitação do Clube dos 13 para TV aberta terá um ágio a seu favor de 10% em relação às demais concorrentes, "RedeTV!" e "Record".
Líder da debandada, o clube paulista, sozinho, deve cerca de R$ 22 milhões, enquanto que os quatro grandes do Rio de Janeiro, juntos, somam um débito de cerca de R$ 60 milhões. As pendêcias financeiras seriam impeditivos para a saída dos mesmos do Clube dos 13.
O Corinthians foi o único, até o momento, a pedir desfiliação oficialmente, enquanto que o quarteto carioca apenas informou, em nota conjuta, que não negociará os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro no triênio 2012-2014 sob o guarda-chuva da entidade, como sempre foi feito.
Segundo o diário "Lance!", uma saída para o imbróglio seria um aporte financeiro a estas agremiações vindo da TV Globo, que na licitação do Clube dos 13 para TV aberta terá um ágio a seu favor de 10% em relação às demais concorrentes, "RedeTV!" e "Record".
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Briga por direitos do Brasileiro cresce e pode rachar Clube dos 13
Enquanto o Corinthians fala em negociar de forma separada, Atlético-MG diz que em grupo é a melhor opção
A briga pela aquisição dos direitos do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014 se acirra cada vez mais e pode acabar gerando um racha no Clube dos 13. Isto porque algumas agremiações pensam em negociar separadamente e não mais em grupo, com a entidade que representa os principais clubes do país à frente.
O maior problema é em relação à TV aberta, na qual Globo e Record são as principais concorrentes. Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", o lance mínino é de R$ 500 milhões - o valor pago anteriormente foi de R$ 280 milhões. E é justamente um dos maiores canalizadores de audiência que trabalha a favor da mudança na forma de discutir os valores.
No domingo, Andres Sanchez deixou claro que o Corinthians pensa na hipótese de deixar a entidade da qual faz parte desde seu início. "Simplesmente o Corinthians está incomodado e pensando seriamente em sair do Clube dos 13. É um direito nosso", afirmou o presidente alvinegro, que acredita que o clube que dirige merece receber mais que os outros por ter mais apelo.
Já o presidente do Atlético-MG - outro integrante da entidade -, Alexandre Kalil, fala abertamente sobre a negociação dos direitos do principal campeonato do país e se diz contra as conversas individuais, o que, em sua opinião, seria muito negativo por décadas.
"Isso [negociação separada] vai causar um prejuízo ao futebol que não se recupera em 20 anos", cravou o mandatário do time mineiro à "Folha". A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve publicar o edital de concorrência nesta semana.
Além de Corinthians e Atlético-MG, fazem parte do Clube dos 13 Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Coritiba, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional, Palmeiras, Portuguesa, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória.
A briga pela aquisição dos direitos do Campeonato Brasileiro entre 2012 e 2014 se acirra cada vez mais e pode acabar gerando um racha no Clube dos 13. Isto porque algumas agremiações pensam em negociar separadamente e não mais em grupo, com a entidade que representa os principais clubes do país à frente.
O maior problema é em relação à TV aberta, na qual Globo e Record são as principais concorrentes. Segundo o jornal "Folha de S. Paulo", o lance mínino é de R$ 500 milhões - o valor pago anteriormente foi de R$ 280 milhões. E é justamente um dos maiores canalizadores de audiência que trabalha a favor da mudança na forma de discutir os valores.
No domingo, Andres Sanchez deixou claro que o Corinthians pensa na hipótese de deixar a entidade da qual faz parte desde seu início. "Simplesmente o Corinthians está incomodado e pensando seriamente em sair do Clube dos 13. É um direito nosso", afirmou o presidente alvinegro, que acredita que o clube que dirige merece receber mais que os outros por ter mais apelo.
Já o presidente do Atlético-MG - outro integrante da entidade -, Alexandre Kalil, fala abertamente sobre a negociação dos direitos do principal campeonato do país e se diz contra as conversas individuais, o que, em sua opinião, seria muito negativo por décadas.
"Isso [negociação separada] vai causar um prejuízo ao futebol que não se recupera em 20 anos", cravou o mandatário do time mineiro à "Folha". A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) deve publicar o edital de concorrência nesta semana.
Além de Corinthians e Atlético-MG, fazem parte do Clube dos 13 Atlético-PR, Bahia, Botafogo, Coritiba, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional, Palmeiras, Portuguesa, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória.
Teixeira dá Brasileiro de 1987 ao Fla e debilita Clube dos 13 Comentários Outras Colunas
Baseado num parecer jurídico feito às pressas, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, oficializou ontem a conquista do Campeonato Brasileiro de 1987 pelo Flamengo .
Assim, ele praticamente tirou a Taça das Bolinhas do São Paulo e ampliou o racha na elite do futebol nacional.
Menos de dois meses depois de negar o título ao clube, Teixeira voltou atrás, deu aos cariocas o campeonato e enfraqueceu o Clube dos 13, entidade que reúne os principais times brasileiros.
O recuo da CBF ocorre na semana em que o C13 divulgará o edital para a concorrência do contrato de exibição do Brasileiro. Globo, Record e Rede TV! disputam os direitos. Teixeira é favorável à permanência da Globo. A Record tem o apoio do presidente do C13, Fábio Koff, que conta com o são-paulino Juvenal Juvêncio como aliado.
"Este é um dos dias mais felizes da minha vida. Não esperava que fosse tão rápido", disse a presidente do Flamengo , Patrícia Amorim.
Com a decisão de ontem, Teixeira atinge maioria no C13. Clube mais popular do país, o Flamengo era aliado de Koff e votou nele na última eleição da entidade.
Botafogo , Corinthians , Cruzeiro , Coritiba , Goiás , Vitória , Vasco e Santos já estavam fechados com Teixeira. Nos últimos meses, além do Flamengo , Fluminense , Grêmio e Palmeiras apoiaram os interesses do cartola no C13.
Com a homologação do Brasileiro-87, os cariocas garantem, na teoria, a posse da Taça das Bolinhas, troféu instituído para ficar em definitivo com o primeiro time pentacampeão nacional.
Patrícia não escondeu ter se magoado com Juvenal e Koff. Segundo a dirigente, o presidente do C13 se omite desde o fim do ano passado. Em dezembro, a CBF homologou uma série de títulos.
Sobre Juvenal, disse que ficou "desconfortável" com a festa promovida na semana passada no Morumbi.
Patrícia não descartou a possibilidade de deixar o C13. "A partir de agora, vamos pensar nos nossos interesses. A vida nos leva a repensar nosso posicionamento. É a lei de ação e reação."
A cartola afirmou ontem que quer mais poder na discussão dos contratos administrados pelo C13. "Somos o clube pagador, mas temos o mesmo peso do Guarani ."
Para obter o parecer da CBF, os cartolas do Flamengo disseram que o Sport não pedia na Justiça o reconhecimento exclusivo do título de campeão brasileiro de 1987.
Pela decisão de ontem, o Flamengo e o time pernambucano são campeões. "A CBF teve a humildade de rever sua antiga posição, o que não é fácil", disse o advogado Mario Pucheau, representante jurídico do Flamengo .
Assim, ele praticamente tirou a Taça das Bolinhas do São Paulo e ampliou o racha na elite do futebol nacional.
Márcia Feitosa/Divulgação |
Patrícia Amorim, presidente do Flamengo , dá entrevista coletiva na Gávea |
O recuo da CBF ocorre na semana em que o C13 divulgará o edital para a concorrência do contrato de exibição do Brasileiro. Globo, Record e Rede TV! disputam os direitos. Teixeira é favorável à permanência da Globo. A Record tem o apoio do presidente do C13, Fábio Koff, que conta com o são-paulino Juvenal Juvêncio como aliado.
"Este é um dos dias mais felizes da minha vida. Não esperava que fosse tão rápido", disse a presidente do Flamengo , Patrícia Amorim.
Com a decisão de ontem, Teixeira atinge maioria no C13. Clube mais popular do país, o Flamengo era aliado de Koff e votou nele na última eleição da entidade.
Botafogo , Corinthians , Cruzeiro , Coritiba , Goiás , Vitória , Vasco e Santos já estavam fechados com Teixeira. Nos últimos meses, além do Flamengo , Fluminense , Grêmio e Palmeiras apoiaram os interesses do cartola no C13.
Com a homologação do Brasileiro-87, os cariocas garantem, na teoria, a posse da Taça das Bolinhas, troféu instituído para ficar em definitivo com o primeiro time pentacampeão nacional.
Patrícia não escondeu ter se magoado com Juvenal e Koff. Segundo a dirigente, o presidente do C13 se omite desde o fim do ano passado. Em dezembro, a CBF homologou uma série de títulos.
Sobre Juvenal, disse que ficou "desconfortável" com a festa promovida na semana passada no Morumbi.
Patrícia não descartou a possibilidade de deixar o C13. "A partir de agora, vamos pensar nos nossos interesses. A vida nos leva a repensar nosso posicionamento. É a lei de ação e reação."
A cartola afirmou ontem que quer mais poder na discussão dos contratos administrados pelo C13. "Somos o clube pagador, mas temos o mesmo peso do Guarani ."
Para obter o parecer da CBF, os cartolas do Flamengo disseram que o Sport não pedia na Justiça o reconhecimento exclusivo do título de campeão brasileiro de 1987.
Pela decisão de ontem, o Flamengo e o time pernambucano são campeões. "A CBF teve a humildade de rever sua antiga posição, o que não é fácil", disse o advogado Mario Pucheau, representante jurídico do Flamengo .
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